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1 de maio de 2024

Uma exposição que mostra que a guerra é entre a NATO e a Rússia

Os países da NATO enviaram dezenas de milhares de milhões de dólares de alguns dos seus melhores equipamentos militares para a Ucrânia, num esforço para “enfraquecer” a Rússia numa exaustiva guerra por procuração.

Destruindo este equipamento às centenas, a Rússia acrescentou insulto à injúria ao exibir armas-troféu da NATO em frente ao seu principal memorial à vitória sobre a Alemanha nazi.

A exposição ao ar livre de armas e equipamentos militares estrangeiros no Victory Park, em Moscou, está se transformando no maior golpe psicológico e de relações públicas da Rússia na guerra por procuração da Ucrânia, a OTAN, até agora

Dezenas de veículos capturados e peças de armas de doze países (a maioria deles membros do bloco) estavam em exposição, desde 

char Leopard-2  , do IFV 

Marder  e 

Bradley  para veículos 

Humvee  , 

Husky  e outros 

MRAP,  passando por um obus rebocado 

M777.  e equipamentos mais exóticos, como uma carruagem de rodas francesa 

AMX-10RC.

Apesar dos milhões

1) Compartilhado via Blick

Apesar dos largos milhões da ajuda americana, “Donbass cairá em outubro”, de acordo com os comandantes ucranianos
https://www.blick.ch/fr/news/monde/despite-the-billions-daide-americaine-le-donbass- cairá - em outubro, de acordo com -comandantes-ucranianos- id19683725.html?utm_medium= email&utm_campaign=share- button&utm_source= transacional
  
2) Gaza e os protestos nas Universidades
  • Em Columbia, estudantes ativistas desafiaram o prazo das 14h para deixar um acampamento de cerca de 120 tendas no campus da escola em Manhattan.
  • Israel matou mais de 34.000 palestinos em Gaza, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o ministério da saúde no território controlado pelo Hamas

NOVA IORQUE: Dezenas de manifestantes tomaram conta de um prédio da Universidade Columbia, em Nova York, na manhã de terça-feira, barricando as entradas e hasteando uma bandeira palestina pela janela, na mais recente escalada de manifestações contra a guerra Israel-Hamas que se espalhou pelos campi universitários em todo o país. .

Primeiro de Maio



 Neste primeiro de Maio lembrar que foi a luta dos trabalhadores ,  o movimento popular e o MFA que impulsionaram a Revolução dos cravos e fizeram dela uma revolução singular . Dizem alguns que o 25 de Abril não tem donos querendo com isso fazer esquecer que a revolução fez se contra alguém , contra o fascismo , o seu aparelho repressivo e a base económica que o sustentava . o grande capital  e os latifundiários.

O 25 de Abril não tem donos mas  , como já alguém disse , tem inquilinos . E dos mais zelosos inquilinos estão os que celebram o Primeiro de Maio.

Os que  tentam  despolitizar o 25 de Abril e designadamente as manifestações populares são os mesmos que procuram apagar .  silenciar e minimizar o Primeiro de Maio .

Neste primeiro de Maio, os trabalhadores do comércio estão em greve por melhores salários e pela valorização de carreiras, denunciando ritmos intensos e horários desregulados.

As comemorações da CGTP em Lisboa iniciam-se de manhã com a corrida internacional do 1.º de Maio, com partida e chegada no Estádio 1.º de Maio. E a partir das 14h30, a central sindical promove o desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, onde no fim haverá um comício que terá como orador principal o novo secretário-geral da central sindical, Tiago Oliveira, que sucedeu a Isabel Camarinha em fevereiro.

Está também prevista uma manifestação no Porto, ao início da tarde, na Avenida dos Aliados.

As comemorações da central sindical ocorrem ainda por todo o país, abrangendo, segundo o programa divulgado, Açores, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Madeira, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, com manifestações, festas populares e provas desportivas.



As contradições dos que reescrevem a história

 Ontem publicou-se aqui uma entrevista de Fernando Rosas no telejornal da RTP  sobre o verão quente e o 25 de Novembro em que este responsabilizava o PCP pelo seu sectarismo . Mas os arquivos são tramados .

Ouça se o mesmo Fernando Rosas uns anos antes sobre o 25 de Novembro  . Embora com com alguns remoques do seu visceral antí comunismo já dá uns passos numa versão diferente .

Hoje estou de acordo com o PCP diz Rosas

https://media.rtp.pt/extremaesquerda/eu-estive-la/fernando-rosas-o-25-de-novembro/

30 de abril de 2024

Notícias da “revolução colorida” Geórgia

 Em resposta à tentativa de desestabilização do país e “revolução colorida”, ao estilo de Kiev (ou de Hong Kong em que esteve em causa uma lei de segurança) o partido do governo convocou uma manifestação  de apoio à lei sobre agentes estrangeiros que teve uma imensa e pacífica participação popular.

Entretanto a Comissão Parlamentar da Geórgia deu o seu apoio ao projeto de lei relativo aos agentes estrangeiros.

Na manifestação o chefe do partido Sonho Georgiano e do governo, Bidzina Ivanishvili, fez declarações contundentes sobre a guerra na Ucrânia e em relação ao Ocidente, dizendo que "os apoiantes do partido da guerra global querem usar a Geórgia e a Ucrânia como bucha de canhão contra a Rússia".

A manifestação foi realizada em apoio à lei sobre agentes estrangeiros, promovida pelo partido no poder, apesar das críticas da oposição e da “Europa”. O prefeito de Tbilisi, apoiando o projeto de lei sobre agentes estrangeiros, ex-jogador de futebol do Dínamo de Kiev, Kakha Kaladze, disse no comício que "o Ocidente, por meio de ONGs, tentou dizer aos moradores da Geórgia que "preto é branco, branco é preto, propaganda LGBT é boa". "Não podem ser as ONG a tentarem organizar uma revolução e o governo georgiano nem sequer poder sequer saber quais as suas fontes de rendimento”. Ou seja quem os financia. (Telegram: Contact @intelslava 29/04)

As ditas revoluções coloridas são uma das formas que o império tem para colocar países e povos sob o seu domínio, mas tal como as sanções são um sinal de fraqueza e têm corrido mal. Estão atualmente desmascaradas. Falharam na Venezuela; na Sérvia mais recentemente; em Hong Kong, financiada também por plutocratas desta “região especial” chinesa segundo o seu estatuto; foi na altura também tentado sem o mínimo êxito levar o caos a Macau; falharam no Médio Oriente e Norte de África tentando aproveitar a deriva das “primaveras árabes”; falharam na Rússia; falharam tentando o separatismo no Xingjiang chinês, dos muçulmanos Uigurs, entre outras tentativas. Tiveram êxito na Tailândia, como Brian Berletic descreve, tiveram êxito na Ucrânia em 2014, o que aconteceu depois está a esclarecer o mundo e os que procuram informação independente, dos seus resultados.

Tentativas de revoluções coloridas foram o ponto de partida para intervenção militar na Líbia, levando ao caos o país então com maior nível de vida de África, e que está agora a aproximar-se da Rússia, e também na Síria que teria o destino da Líbia caso a Rússia não tivesse intervindo.

Outra contradição das “revoluções coloridas” é que custam muito dinheiro aos EUA (embora os aliados não estejam isentos), isto é, dívida a acrescentar-se aos atuais 34,6 milhões de milhões de dólares do governo federal em Washington. Uma dívida que está a crescer 1 milhão de milhões cada 100 dias conforme especificado em  Essencial News , tal como a pobreza e os sem abrigo no país. Como disse a congressista (apoiante de Trump) Marjorie Taylor-Greene: “A geração mais jovem nem pensa que conseguirá comprar uma casa durante a sua vida e hoje no Congresso a coisa mais importante a ser feita é enviar mais 60 mil milhões de dólares para uma guerra na Ucrânia.”

29 de abril de 2024

Tentativa de revolução colorida na Geórgia

 Está em curso uma “revolução colorida” na Geórgia, com os processos habituais de captar e formar potenciais lideres carismáticos e grupos ativistas seduzidos pelas políticas do globalismo neoliberal lideradas pelos EUA. Todos os países têm problemas, a começar pelos próprios EUA, o processo toma um como tema exacerba-o ao limite, transforma-o em escândalo, e com a ajuda dos media e redes sociais controladas faz as pessoas perderem a memória histórica e os próprios contextos, na absoluta deturpação da realidade. 

A Geórgia tem fronteiras com a Rússia, será que estes artífices do caos imaginam as consequências do país se ligar à NATO?

O jornalista Brian Berletic escreve, que os Estados Unidos têm invadido e ocupado neste século XXI, várias nações: da Líbia ao Afeganistão, da Jugoslávia ao Iraque. Para além desta abordagem mais destrutiva, também interferiram nos assuntos políticos internos de outras nações, tentando derrubar governos eleitos e instalar regimes clientes em seu lugar.

Num artigo do Guardian de 2004: “Campanha dos EUA por trás da turbulência em Kiev”, “a campanha é uma criação americana, um exercício sofisticado e brilhantemente concebido que, em quatro países em quatro anos, tem sido usado para tentar salvar eleições fraudulentas e derrubar regimes desagradáveis. Financiado e organizado pelo governo dos EUA, mobiliza consultores, diplomatas e ONG dos EUA. A campanha foi usada em Belgrado, em 2000, para derrotar Milosevic nas urnas. Richard Miles, embaixador dos EUA, desempenhou um papel fundamental. Em 2003, como embaixador na Geórgia, treinou Mikhail Saakashvili para derrubar Shevardnadze. Michael Kozak, um veterano de operações semelhantes na América Central, nomeadamente na Nicarágua, organizou uma campanha quase idêntica para tentar derrotar o homem forte da Bielorrússia, Lukashenko”

Segundo o artigo, o governo dos EUA consegue isto através de fundos distribuídos pelas muitas subsidiárias do National Endowment for Democracy (NED), incluindo o Instituto Republicano Internacional (IRI), o Instituto Democrático Nacional (NDI), a Freedom House e Fundações privadas, como a Open Society Foundation de George Soros.

O Ocidente possui algumas das leis mais rigorosas que regulam a interferência estrangeira. Os Estados Unidos mantêm a Lei de Registo de Agentes Estrangeiros, de 1938, exigindo que as organizações com financiamento estrangeiro se registem junto do governo dos EUA e divulguem o seu financiamento ou enfrentem penalidades severas, incluindo longas penas de prisão.

Não é surpresa que outras nações tenham adotado legislação semelhante. Afinal de contas, a independência política de uma nação é garantida pela Carta das Nações Unidas, tal como o direito de uma nação defendê-la.

Nações que não conseguiram aprovar tal legislação viram-se esmagadas por organizações e grupos de oposição financiados pelos EUA e pela UE/NATO, capazes de impulsionar temas e legislação adequadas aos interesses ocidentais, interferindo intensamente nos assuntos políticos internos bem como minar a integridade das instituições incluindo o sistema jurídico e educativo.

A Geórgia procura aprovar uma lei sobre interferência estrangeira (aliás já aprovada na generalidade no Parlamento). A CNN num artigo afirma: “A Geórgia prossegue com uma lei de ‘agente estrangeiro’ ao estilo de Putin, apesar dos enormes protestos”, confundindo o desejo legítimo da Geórgia de erradicar a interferência estrangeira ligando-a a interferência russa. Em nenhum lugar é mencionado que estes “enormes protestos” são liderados por figuras da oposição financiadas pelo governo dos EUA. O artigo afirma que a lei da Geórgia reflete a lei da Rússia, não salientando que ambas refletem a lei aplicada nos EUA!

A Eurasianet afirma num artigo tenta mostrar que o projeto de lei da Geórgia é diferente da Lei dos EUA: “Uma diferença crucial é que não exige o registo simplesmente por motivos de financiamento estrangeiro. É preciso ser agente de um mandante estrangeiro, inclusive se alguém agir sob a direção e controle de um governo estrangeiro” “ lei da Geórgia afetará principalmente a vibrante sociedade civil do país, que os doadores têm alimentado durante décadas.”

Ou seja, a “sociedade civil” que o governo dos EUA e outros financiam estão envolvidos na mudança de regime, equivalendo a interferência estrangeira na própria definição dos EUA. A Eurasianet foi fundada pelo  governo dos EUA através do NED.

A grande maioria dos grupos de oposição na Geórgia e os media fora da Geórgia opõem-se à lei do agente estrangeiro da Geórgia, não porque esta invada a liberdade e a democracia reais, mas precisamente porque criará um obstáculo significativo à interferência dos EUA.

Embora a Eurasianet, Thai PBS e Fortify Rights tentem apresentar leis que se opõem a interferência estrangeira como uma ameaça à “democracia”, aos “direitos humanos”, a capacidade de uma nação determinar as suas políticas, sem interferência externa, é uma importante condição dos direitos humanos. O fundamento da verdadeira liberdade é a autodeterminação.

 Zelensky anunciou no domingo que Kiev e Washington estavam a trabalhar num acordo de segurança bilateral de longo prazo o que prenuncia um “colapso militar iminente ”.

Depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou um pacote de ajuda de US$ 61 bilhões para o regime de Kiev no início da semana, o ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou no domingo que Kiev e Washington estavam trabalhando em um acordo bilateral de segurança de longo prazo.

Kiev já assinou vários acordos de segurança de 10 anos com países da NATO.

Se a Ucrânia não estivesse a “  seis meses do colapso militar  ”, teria pouco interesse em pressionar por um acordo de segurança de longo prazo com os Estados Unidos,  disse David Pyne  , ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA e vice-presidente executivo do Departamento de Segurança Interna. e Grupo de Trabalho de Política Nacional.

Ele sugeriu que a disposição de Kiev de negociar o texto de tal acordo com Washington era agora um "  bom sinal  ". Significa que a Ucrânia entende que está chegando ao ponto em que não terá outra escolha senão negociar um cessar-fogo permanente e a paz. acordo com a Rússia”, disse Pyne.